Eu tenho medo de olhar lá fora.
A cidade é uma prisão...
E tenho medo de ficar... E agora?
Tanta coisa pra lembrar...
Quisera eu... Ter feito os dias longos
Pudera eu... Tê-los passado acordado
Sabe lá... se a lembrança ilumina ou deságua a retina
Quando tudo voltar...
Eu tenho medo de contar nos dedos quantas noites cantei, mais louco
Num grito mais rouco que alguém pode dar...
Essa história é mais velha que o tempo.
Eu me lembro... Eu achava tudo igual...
Se agora eu nem sei qual é a hora, muito menos desconfio se é normal
Ah! Sujeito estranho é o tempo!
Que às vezes ameaça até parar...
Outra hora acelera e vai embora mas nunca, nunca quer voltar
Tudo isso já passou e o meu peito guarda apenas o esboço de um cantor
Se agora eu nem sei qual é a hora...
Pelo menos reconheço seu valor!
Ah! Sujeito estranho é o tempo!!
Que às vezes ameaça até parar
Outra hora acelera e vai embora mas nunca, nunca quer voltar
É claro que valeram a pena as aventuras pela estrada.
Sorrisos pela manhã...
Estrelas de madrugada...
É claro que valeram!
As pessoas,
Os lugares,
E suas histórias...
Canto por todos os cantos
Que num triz se resume
Em um só cantar
Canto pela boca da noite
Até chegar a aurora
E eu poder descansar
Canto por desertos sombrios
Que sofrem com o frio
Em todo anoitecer
Canto com a força do vento
Pra fazê-los jardins
E assim os florecer
Pupilas que fitam desfocadamente
Pupilas que fitam desfocam da mente
Circus Musicalis
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