domingo, 22 de fevereiro de 2009

Caminho de Pedras


Caminho de Pedras


Passeio em Pedras

Que Sobram em Perdas

Me Passam Memórias

Imagem Longínqüa

Presente Distante

Lembrança Passada


'Sois tesoiro a viver'


Sem que Saiba

Dizer Quando

Incerteza

Refazenda


Sem que Possa

Lembrar Como

Velho Futuro

Lava-me e Leve

Leva-me pela mão


Cenário de Pedras

Tronco de Muitos Galhos

Copa sem Culpa nem Folhas

Verso de Samhain

Outono! Outono! Cai...


Varre-me o vento

De antigas vozes

Banha-me luz balsâmica

Mingüante em Mim


Cobre-me aos Sopros

Me Espalha o Pólem

Infinito

Destino Encontrará


Ao Longe

Caminho de Pedras

Ficará



Escrito nos dias noturnos pelos paralelepipedos do seminário(o bairro) um dos poucos poemas meus que realmente gosto.


Bons Ventos!


Noturno de Hagal


Estive escrevendo um texto que intitulei 'Houve Uma Vez Dois Invernos'... Prometi a muitos que publicaria e até fiz um propaganda lascada... Eis que terminei e ficou lindo mesmo mas estará para sempre guardado só p'ra apreciação própria...

Talvez tenha sido mesmo pelo tamanho egoísmo que de formas alheias a minha compreensão acabei perdendo pelas frestas do descuido 7 anos de poesia de mim.

Chega a hora de compartilhar os que há pouco consegui resgatar.

Acho que já passou da hora de apresentar mais textos noturnos. Não gosto de meus poemas, prefiro as canções paganas que trabalho com mais sentimento, mas dá-lhe! Gosto de críticas.


No ritmo do Fado

Noturno de Hagal
[à Ela]

Ah! Se fores o caminho de pedras – Amor, devo-as pisar.


Cobrir-te-ia, de rastros, antes de o dia acordar.

Serias EscuroCéu pronto a lavar o chão

E serias tu o próprio solo. Daria as minhas raízes condição

De viver em vida... Tu serias nutrição


Mas entre cães e gatos de abandono, és a EscuraNoitePreta que não tem dono


Serias acalento? que me aquece antes mesmo que o gelo derreta

Ah! Se tu fosses meu anseio de vagar através da EscuraNoitePreta


Terias braços mornos que embalam o sono de aquém

Virias, em silêncio, beijar-me sob olhos de ninguém.

E tu serias, sempre, calma e fria; esconderia estrelas, serias tu a calmaria!


Quando os inquisidores me caçarem tu serias o véu que m'esconde

Segurança. Salvaguarda. Proteção...

Serias tu, Escuro Elísio, Coração! E já não saberiam onde...


E durante o dia, serias a saudade, que te contém,

Escondida nas ausentes pétalas da murcha violeta

Ausência de Quentes dores serias tu, amém...

Serias a própria EscuraNoitePreta.


CaladaNoitePretaNoite

03h28 - 29 de abril de 2008




Escrevinhei quando estava trabalhando como vigilante noturno entre os delírios de saudades d'Ela...
Lembro que caia uma fina garoa, lembro muito bem que até o gato preto que me fazia companhia aquele dia noturno não apareceu. Fazia muito, muito frio e eu não tinha café.
Se uma lágrima caísse ao chão se quedaria em gelo como o meu fraco coração.

Mas
O Amanhecer Tudo Transforma.


Em Áurea Hora
Nascido Um Deus, Truz! Truz!!
És Aurora, Luz!!

Adjany'n'