sexta-feira, 9 de maio de 2008

4 Quatro 4



4

E um objeto “nasce” subtamente no espaço...


No 4 apresenta-se a idéia de “tomar forma” e “assumir figura”.


E não deve ser considerado unicamente a nível material nasce outrossim espiritualmente como “entendimento”, “conhecimento" e “consiência”.

1+3=4 = “eu existo+crescimento=formação consciente”


Durante o sono, a luz do conhecimento(1) acende na alma(2), dando vida a um sonho(3)... e na manhã seguinte deve-se buscar compreender o significado do que sonhou(4).


O 4 é o número da ação. Quatro são as unidades que dão forma a nossa vida terrena: 4 elementos, 4 estações, 4 direções dos ventos, 4 temperamentos, etc...


“Existir, viver, lutar e agir formam a personalidade humana”


“Com a afirmação, a negação, a refelexão e a resolução, manifesta-se o nosso raciocínio”

1 é fogo, 2 é água, 3 é ar e o 4 é o número da terra.




Para o homem medieval o 4 era um numero de sofrimento e da tribulação por estar nele implícito toda a fadiga do trabalho – todas as coisas que pertencem ao conceito de “atuação”.



Se considerarmos as quatro direções dos ventos como quatro pontos que defrontam um ao outro, inamovivelmente, e adicionarmos um ponto consciente no centro representando-nos, obteremos o seguinte:

Aparentemente esta "colisão" seria um fim para a evolução simbólica, mas a o Universo Em sua infinita sabedoria há de criar/inventar uma maneira de seguir em frente para alcançar a superação. Se o ponto conscio, onde se encontramas direções, repele diretamente essas forças, elas, por sua vez, novamente se encontraram no infinito... O que criaria um "círculo vicioso". faz-se nescessária uma solução que não vá contra as premissas, mas prossiga evoluindo...
A natureza em sua perfeição, cria o ciclo, gerando um movimento de destruição e reconstrução.


Inventa-se a Vida, Morte e Renascimento.


Eis o nascimento do 5...


Com ele, já, o Homem é capaz de entender o mistério

E Criar seu próprio destino.



Hagal


terça-feira, 6 de maio de 2008

Onde os Caminhos se Cruzam

Aonde os caminhos se cruzam?

Estranho seria se a paz me acompanhasse.

Sem escudos, nem espadas, me perco em meus sonhos.

Sem sombras nem moldura, pendurado no vazio,

Um quadro antigo, sem nenhum sentido.

Um corpo decapitado surgindo de uma planície de cor indefinida.

Sinto o desespero de um objeto em queda livre.

A vontade de gritar torna-se uma sublime gota de sangue.

E uma voz indiferente me diz: Olhe de novo!

Fechei meus olhos e cai do alto de um grande abismo.

O vento então cessou a pulsação das horas

E um anjo negro abriu suas asas de sombra.

Senti medo, terror, muita, muita dor. Mas a certeza da queda me confortava

De olhos bem fechados abri meus braços

E indaguei o silêncio com ares de inquisidor

Surpreso fiquei ao ouvir a resposta que soou

Como uma melodiosa canção de dor.

Aonde os caminhos se cruzam?

Foi ali, exatamente ali, que vi meu sonho adquirir cor.

Num caminho pálido e imóvel vi meu pranto ceder sem controle.

Sim, chorei sem culpa e me lamentei sem sofrimento,

Apenas observando a distorção do tempo escorrendo pelas minhas mãos

E talvez até pudesse me levantar e continuar a andar,

Mas aquelas lágrimas mudas me eram estranhamente familiares,

E uma outra paz, mórbida, difícil de explicar, retardava meus reflexos

Apresentei-me a morte e fui rejeitado.

O vento gélido soprando sem piedade,

Levando embora meus sonhos e minha vontade de viver.

Um peso morto, no chão, pensando no resto de tudo que ficou,

Escrevendo como um louco numa manhã sem Sol.

Você até pode virar as costas e me deixar sozinho

Mas nunca irá embora de mim

Pois meu vulto mudo caminha ao teu lado

E você não saberá em que encruzilhada ele vai te abraçar

Eu sei! Aqui. Sabe? Aqui!


HaghalopusH