Ponteiros
Sobre o Tempo
As circunstâncias me truxeram a tal enigma:
Sou eu quem corro, ou o tempo que vai devagar?
Nem Eu, Nem Ele.
Pois é a sorte incerta que corre contra nós, contra todos...
E os ponteiros, malucos, como eu,
Tentam acompanhá-la.
Desvio das horas como se fossem
Flechas disparadas contra meu peito,
Nenhuma; Algumas; Todas; Muitas
Me acertam...
Escorrem, Vermelhos, Os minutos.
Meu semblante cansado e triste
Expõe toda uma espécie de satisfação.
Variada. Fascinada. Alucinada.
Sinto-me leve e livre...
Se é que ainda estou vivo,
Estou atrasado.
displicentemente recolho as mágoas e promessas
E disparo louco...
Como o lampejo do raio insano.
Veloz. Elétrico. Chocante.
Porém, Acima de tudo, Efêmero.
Transitório. Temporário. Provisório.
E segundos depois já sou outro,
E depois outro, E mais outro.
Mais um transeunte solitário...
Apartado. Desviado. Ausente.
Contenho-me apenas em meio as batidas de um coração.
Não!
Não mais pulsa em meu peito dilatado.
Mas então quem? Ou o quê?
Há de ser a velocidade ladeira abaixo.
Aqui estou eu! A beira do abismo!
Eis a oportunidade...
E nesse último segundo.
Nesse último centésimo, Milésimo de tempo.
Direi assim:
...
Não há mais tempo.
...Aqui tudo fenece...
Tudo Falece.
Hagal
Sobre o Tempo
As circunstâncias me truxeram a tal enigma:
Sou eu quem corro, ou o tempo que vai devagar?
Nem Eu, Nem Ele.
Pois é a sorte incerta que corre contra nós, contra todos...
E os ponteiros, malucos, como eu,
Tentam acompanhá-la.
Desvio das horas como se fossem
Flechas disparadas contra meu peito,
Nenhuma; Algumas; Todas; Muitas
Me acertam...
Escorrem, Vermelhos, Os minutos.
Meu semblante cansado e triste
Expõe toda uma espécie de satisfação.
Variada. Fascinada. Alucinada.
Sinto-me leve e livre...
Se é que ainda estou vivo,
Estou atrasado.
displicentemente recolho as mágoas e promessas
E disparo louco...
Como o lampejo do raio insano.
Veloz. Elétrico. Chocante.
Porém, Acima de tudo, Efêmero.
Transitório. Temporário. Provisório.
E segundos depois já sou outro,
E depois outro, E mais outro.
Mais um transeunte solitário...
Apartado. Desviado. Ausente.
Contenho-me apenas em meio as batidas de um coração.
Não!
Não mais pulsa em meu peito dilatado.
Mas então quem? Ou o quê?
Há de ser a velocidade ladeira abaixo.
Aqui estou eu! A beira do abismo!
Eis a oportunidade...
E nesse último segundo.
Nesse último centésimo, Milésimo de tempo.
Direi assim:
...
Não há mais tempo.
...Aqui tudo fenece...
Tudo Falece.
Hagal
2 comentários:
concordo que o que vive, pra sempre morre, mas o que não morre pra sempre, vive. O tempo também constrói. gostei muito de quando você diz "estou atrasado", então corra atrás do seu tempo, amigo! você já envelheceu muito para a sua idade! parabéns, mas é hora de viver! beijosss
Yep!
Me agrada muito a idéia de morte e por conseqüencia o renascimento, representados na figura de Sheeva agindo como agente entrópico, trabalhando em favor do equilibrio e não do sofrimento...
"A morte é o camiho para o sublime"
E esse tempo 'doudo' cada vez mais acelerado, por mais que não percebamos, funciona também, desconstruindo um pouco o conceito ilúsório do tempo, como mais uma ferramenta para que nossos sentimentos não tão brilhantes sejam levados com o "resto"...
Quis passar a sensação de uma ilusão(o tempo) levando embora nossas ilusões próprias e tudo que nos afaste de nosso puro-íntimo, nesse movimento sempiterno que tudo destrói e recontrói, tudo reúne, separa e equilibra!
Meeeh! Acho que minha alma é velha!
Mas, vivamos tão felizes e contentes quanto as crianças que tem rua vazia p'ra correr e árvore frutífera p'ra subir. =)
Abençoados Sejamos
*hagal*
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